terça-feira, 27 de janeiro de 2009

um olhar...

...E assim de repente, sem perceber muito bem vindo de onde nem porquê, dou pela minha mente a passear-se por Dun Laoghaire, por aquela baía fora, a loja dos gelados do lado direito (loja que é como quem diz, porque na realidade não era mais que uma simples janela), convidando a lá encostar-se quem passa e dizer apenas um sabor que prontamente a felicidade na ponta da língua. O mar imenso do lado esquerdo, o pontão com mil cabeças a despontarem, umas indo, outras vindo, o jardim mais à frente, com uma feira de comida no centro, o cheiro da comida no centro, as atenções viradas para o centro e para a comida e o cheiro que vinha do centro. O ritmo de passeio. A descontracção de um corpo na relva. Tudo tão nítido.
Fico sempre impressionado com estes fenómenos da memória, porquê Dun Laoghaire (onde só estive umas horas), porquê agora, porquê. Parece que salta uma gaveta de emoções e transporta-nos até lá para um deleite de uns segundos. Certo é que sabe bem e traz um sorriso discreto aos lábios.

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