sexta-feira, 4 de maio de 2007

A arte de cognomear

Venho hoje falar de arte perdida nas brumas do modernismo. De uma profissão em tempos rica e vangloriada, essencial à nação que agora vive nas ruas da amargura. A arte de cognomear.

Longe vão os tempos em que os grande heróis ficavam para a história com o cognome, associado à obra feita, a características íntrisecas a cada pessoa. Havia arte por detrás do processo de decisão em resumir em apenas uma palavra todo o trabalho e decisões de uma vida inteira. E quero acreditar, talvez ingenuamente, que esses senhores resistiam a qualquer tipo de lobbies e pressões para tomar a decisão final.

Aposto que todos se recordam do Africano, do Príncipe Perfeito, do Conquistador, o Povoador, entre outros. Mas há também entre eles cognomes que se focam em aspectos físicos. O Gordo. O Belo. O Grande. É na variedade da coisa que reside a magia disto tudo. Lista dos reis e cognomes

Com a criatividade que anda por aí à solta hoje em dia, seria lindo cognomear os políticos, e, porque não, qualquer outra figura pública. Deixo-vos alguns exemplos que a minha criatividade (limitada, claro e também aproveitando algumas discussões à volta do tema) me permite:
  • José Socrátes, o Engenheiro Que Afinal Não o É
  • Cavaco Silva, o Comilão
  • Mário Soares, o Bochechas
  • Santana Lopes, o Sacana
  • Dom Duarte, o Primeiro e Único
  • Sá Carneiro, o Sebastião Segundo
  • Paulo Portas, o De Sempre
  • Zita, a Seabra
  • José Mourinho, o Inglês
  • Cristiano Ronaldo, o Madeiras

Se me lembrar de mais acrescento... E aguardo mais sugestões nos comentários!

2 comentários:

  1. se me permites a correcção em jeito de aproximação ao detalhe: Paulo Portas, o De Sempre, Mas Mais Bronzeado Que Nunca

    Deedee

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  2. e lembrando outras conversas:
    D. Afonso IV, o Quinto,
    D. Maria, a Vaca,
    D. Sebastião, o Atraca-de-Popa

    ...sem querer ferir susceptibilidades, claro

    Deedee, a Tirana! :)

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