"A arte é tudo, tudo o resto é nada."
Carlos Reis, no seu discurso de despedida a José Saramago.
"O avião estava prestes a cair. Lá dentro, entre os passageiros, estava o escritor brasileiro Jorge Amado. No momento em que todos se agitavam com medo de morrer pediu os jornais à sua mulher. "Estamos prestes a morrer e você quer ler os jornais?", surpreendeu-se Zélia Gattai. Jorge Amado queria morrer informado sobre o que se passava no mundo. E tu, Saramago, hoje ficas a saber, o que se passa no mundo é que todos os meios de comunicação falam de ti e dizem que morreu um homem bom e honesto, um bom escritor, um ser humano excepcional, um lutador. E nós não temos o direito de chorar, de derramar lágrimas, porque somos os privilegiados que te conheceram. Que chorem os milhões de pessoas que não tiveram a sorte de passar contigo os momentos de vida."
Pilar del Río, no seu discurso de despedida a José Saramago.
Tenho a sorte de ter passado com ele momentos de vida, de estar a passar actualmente momentos com ele e de saber que irei no futuro passar momentos com ele. À distância de um esticar de braço e abrir um dos seus livros que ficarão para a eternidade.
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