(fotos by Du)
Yo La Tengo @ Aula Magna, 14.03.2010
A vontade de fazer aqui estas análises do concerto leva-me a ir pensando no que escrever no dia seguinte sobre o mesmo. E a grande palavra que me veio à cabeça para definir este concerto e a própria banda foi versatilidade. Por um lado versatilidade dos elementos da banda, acaba uma música e troca tudo, o guitarrista (Ira Kaplan) passa para os teclados, a baterista (Georgia Hubley) passa para a guitarra e o baixista James McNew para a voz. Outra música, outra mudança. Todos tocam um pouco de cada instrumento, facto a que não será alheia a experiência acumulada ao longo dos 25 anos de carreira que já levam. Por outro lado, versatilidade no próprio som da banda, é impossível colocar-lhes um rótulo. Num concerto (e também num álbum) de Yo La Tengo temos momentos lo-fi, momentos de guitarras frenéticas, momentos acústicos, momentos dançaveis. E saltamos de um para outro com a maior naturalidade do mundo, porque realmente faz sentido para quem sabe tocar várias cordas. Foi uma noite também marcada pelo momento "No you won't..." frase proferida por McNew ao aperceber-se do que estava Kaplan a preparar, nada mais nada menos do que uma música tocada sentado na confortável cadeira da 1ª fila. São pequenos momentos como este que nos fazem lembrar dos concertos que assistimos!
O setlist foi mais focado no álbum mais recente, "Popular Songs", como seria de esperar, o que para mim foi uma boa opção dado que já conheço bem os últimos 3 álbuns e estou a descobrir pouco a pouco os mais antigos. O rock forte em "Nothing to Hide", as baladas "I'm on My Way" e "Avalon or Someone Very Similar" e a mais pop "Periodically Triple Or Double" que abriu o concerto, junto com a "Our Way to Fall" foram para mim os momentos mais altos. Se bem que aquela devastação de som, guitarras desafinadas, teclados que compõem "The Story of Yo La Tango" (não é gralha, é mesmo Tango), antes do primeiro encore foi algo de estonteante.
Deixo aqui a memória de um post altamont relacionado com esta banda. Algo para a posterioridade. Whatever that is...
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